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Rinotraqueíte Viral Felina (Gripe do Gato): Entenda e Proteja seu Gato

Atualizado: 4 de jul.


Rinotraqueíte Viral Felina

A rinotraqueíte viral felina ou gripe do gato, também conhecida como herpesvírus felino tipo 1 (FHV-1), é uma doença respiratória comum em gatos que pode causar sintomas incômodos e impactar significativamente a qualidade de vida do felino.


Neste artigo, vamos explorar mais sobre a rinotraqueíte viral felina, seus sintomas, tratamento e maneiras de prevenção.


A rinotraqueíte viral felina é altamente contagiosa e pode se espalhar facilmente entre gatos através de secreções nasais, saliva e contato direto. Os sintomas incluem espirros frequentes, corrimento nasal, conjuntivite, febre, falta de apetite e letargia. Em casos mais graves, a rinotraqueíte viral felina pode levar a complicações respiratórias e oculares.

Agente causador da rinotraqueíte felina:

A rinotraqueíte viral felina é uma doença causada pelo vírus FHV-1, que pertence à família Herpesviridae. Esse vírus, envelopado e de dupla fita de DNA, afeta principalmente os gatos domésticos e outras espécies de felinos. Ele provoca infecções agudas e graves no trato respiratório superior e nos olhos dos hospedeiros.

Estudos indicam que a prevalência do FHV-1 pode chegar a 63% dos casos de infecções respiratórias em gatos. Os sinais clínicos dessa doença são semelhantes aos de outras afecções causadas por diferentes agentes, como a calicivirose, micoplasmose e clamidiose felina. A ausência de sinais específicos torna necessário que o profissional considere outras possibilidades diagnósticas durante a avaliação clínica.

Como os gatos sofrem com esta doença:

A rinotraqueíte viral felina é mais comum durante o inverno, quando a transmissão ocorre principalmente pelo contato direto entre os felinos afetados e outros gatos. Essa transmissão também pode acontecer de forma indireta, por meio de objetos contaminados (fômites) ou em locais com grande concentração de animais, como gatis.

Uma vez infectado, o gato se torna portador do vírus FHV-1 ao longo de toda a vida. No entanto, a doença apresenta períodos de latência, nos quais o vírus fica inativo no organismo. Mesmo durante esses períodos de latência, ainda é possível ocorrer a transmissão do vírus para outros gatos.

O vírus também pode permanecer em objetos do ambiente e infectar outros animais, mas sua viabilidade fora do hospedeiro é limitada e dura apenas algumas horas.

A rinotraqueíte felina pode afetar gatos de todas as idades e raças, mas é mais comum em gatos não esterilizados, gatas prenhes, animais debilitados ou imunossuprimidos, bem como em filhotes com sistemas imunológicos ainda frágeis.

Estagios da rinotraqueíte felina:

A doença se manifesta de maneiras diferentes, dependendo das fases descritas abaixo:


Fase de incubação: ocorre entre 2 e 5 dias após a infecção pelo vírus.


Fase aguda: durante essa fase, o vírus se multiplica principalmente nas células mucoepiteliais das tonsilas, tecido conjuntivo, linfonodos mandibulares, mucosa nasal do septo e conchas, nasofaringe, traqueia superior e também nas células epiteliais da córnea ocular e conjuntiva (ROCHA, 2021). Essa fase dura aproximadamente de 2 a 3 semanas.


Fase de latência: o indivíduo pode permanecer meses ou anos nessa fase. No entanto, o período varia de acordo com diversos fatores, como a idade do animal, exposição a doenças secundárias e uso de imunossupressores. Durante a fase de latência, o indivíduo pode não apresentar sinais clínicos.


Fase de reativação viral: o ressurgimento da doença ocorre com a reativação do vírus, podendo acontecer de forma espontânea ou estar associado a situações de estresse (ROCHA, 2021), como mudanças abruptas na alimentação ou no ambiente, presença de dores ou desconfortos, introdução e adaptação de um novo animal no mesmo ambiente, entre outros.


Sinais clínicos da doença em felinos

Os sinais clínicos podem variar de acordo com a exposição viral, a susceptibilidade individual de cada animal e as diferentes fases da doença (ROCHA, 2021). Além disso, infecções oportunistas secundárias, recorrentes ou crônicas, podem surgir devido à imunossupressão, tornando o animal mais suscetível ao adoecimento e dificultando sua recuperação.

As manifestações clínicas mais frequentemente observadas nesses casos incluem (ROCHA, 2021):

  • Espirros

  • Secreções oculares e nasais, que podem variar de transparentes a mucopurulentas

  • Dispneia

  • Febre

  • Letargia

  • Inapetência

  • Rinotraqueíte aguda

  • Necrose focal

  • Acometimentos oculares, como ceratite epitelial, conjuntivite aguda e ulcerações na córnea

  • Lesões macroscópicas, como necrose dos epitélios da cavidade nasal, epiglote, faringe, laringe, traqueia e tonsilas

  • Broncopneumonia e pneumonia intersticial

  • Acúmulo de células inflamatórias e exsudato fibrinoso nos alvéolos

  • Inclusões intranucleares nas células epiteliais, que podem ser visualizadas microscopicamente."


Diagnostico da rinotraqueíte viral felina

O diagnóstico é fundamental para que o médico veterinário identifique a melhor abordagem de tratamento, especialmente quando o animal apresenta imunossupressão ou agravamento dos sintomas. Durante o processo de diagnóstico, o profissional realiza uma anamnese detalhada para avaliar o histórico do animal e identificar os sinais clínicos apresentados, como secreções oculares, nasais ou da mucosa oral. Além disso, exames complementares, como a PCR, podem ser solicitados para diferenciar possíveis causas e personalizar o tratamento conforme a situação específica do caso. Sempre procure uma clinica veterinária de sua confiança para ter o diagnostico e tratamento de forma precisa, nunca faça nenhum tratamento em seu animal sem orientação de um profissional.


Tratamento para rinotraqueíte viral felina

Embora não exista um tratamento específico de 100% eficácia para combater a rinotraqueíte felina, geralmente são adotadas abordagens de suporte e tratamento sintomático adequado para cada caso. Além disso, outras medidas terapêuticas podem ser recomendadas para prevenir possíveis complicações, como a cegueira decorrente de lesões oculares graves.

O uso de medicamentos pode ser indicado para o manejo clínico, mas é essencial que o médico veterinário avalie cada paciente individualmente, considerando possíveis restrições ou particularidades que possam afetar a administração de certos fármacos.

Quando há sinais clínicos presentes, tratamentos sintomáticos podem incluir o uso de analgésicos sistêmicos para alívio da dor, anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e, se necessário, antibióticos para tratar infecções bacterianas secundárias.


A rinotraqueíte felina é uma enfermidade com potencial de latência e crônica, podendo ocorrer reativação do vírus. Durante as fases aguda e de reativação viral, a recuperação pode levar de 2 a 3 semanas até que o animal entre novamente em período latente.

Métodos de prevenção para evitar a gripe felina

As vacinas V3, V4 e V5 oferecem proteção contra a rinotraqueíte felina e outras doenças, fortalecendo o sistema imunológico dos pets. No entanto, é fundamental que o médico-veterinário avalie qual é a melhor abordagem de imunização para cada paciente, considerando suas condições de saúde e outros fatores relevantes. O tutor deve ser alertado sobre a importância da vacinação do animal.

Além disso, é essencial armazenar as vacinas corretamente para garantir sua eficácia na soroconversão. Recomenda-se evitar que o gato tenha livre acesso à rua ou contato com outros animais não testados. A esterilização (castração) dos felinos também pode contribuir para reduzir a ocorrência de fugas. Em Londrina temos a Hospvet Clinica Veterinária que possui profissionais capacitados para este tipo de tratamento, dúvidas sobre a doença ou protocolo vacinal não hesite tirar dúvidas conosco. Poste sua dúvida aqui no blog ou entre em contato conosco! Será um prazer ajudarmos cada peludinho.





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